Os dados apurados pelo Imea revelam ainda que o boi gordo foi cotado a R$ 210,66/@ em abril, ao passo que o milho disponível para compra no estado foi precificado a R$ 38,52/sc no mesmo período, ambos indicadores Imea. “Essa alta na relação de troca é importante, principalmente, para os pecuaristas que realizam engorda intensiva, uma vez que o cereal é um dos principais componentes energéticos usados na dieta animal. No entanto, cabe ressaltar, que, com o possível aumento nos abates nas próximas semanas, a arroba do boi gordo tende a ser pressionada, podendo interferir no indicador e na tomada de decisão, que começa agora, sobre confinar ou não animais para essa entressafra”.

MAS HÁ DIFERENÇA - Os Estados Unidos seguem na liderança com a arroba mais cara, enquanto Mato Grosso e São Paulo registram queda. Em abril, o preço da arroba brasileira foi a menor dentre os principais países produtores, reflexo ainda da alta disponibilidade de animais. Assim, o boi gordo esteve cotado a US$ 40,35/@ em Mato Grosso e US$ 44,96/@ em São Paulo no período (redução de 1,52% e 3,83% ante a mar/24, na mesma ordem).
Já os EUA, por outro lado, têm passado pelo momento inverso do Brasil, uma vez que o país registrou o menor número de bovinos na história, como destacam os analistas do Imea. Para se ter ideia, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou um rebanho total de 87,80 milhões de cabeças para o território americano em 2024, o que tem contribuído com a valorização dos preços do gado gordo no país, que esteve cotado a US$ 108,80/@ em abril. Com isso, os preços paulistas foram 58,68% menor que nos EUA no último mês, enquanto a arroba mato-grossense foi 62,92% inferior no mesmo comparativo.

“A alta nos preços da carne bovina norte-americana aumenta a atratividade da proteína brasileira perante os principais importadores do produto”, apontam os analistas do Imea.