Na reta final do mês de julho, os dados atualizados pelo órgão mostram que 72,79% das áreas semeadas de milho no Estado já foram colhidas até a última sexta-feira. Com esse ritmo, os analistas do órgão apontam um atraso de 13,89 p.p. em relação a 2020. A área do cereal no Estado continua sendo estimada em 5,69 milhões de hectares, avanço de 4,94% em relação à safra passada, pautada pelos preços atrativos e a forte demanda pelo cereal, sendo considerada a maior área da série histórica do Instituto.

Com relação às regiões, as mais avançadas são a médio norte e nordeste com 88,04% e 86,68% das áreas colhidas, respectivamente. Por outro lado, a sudeste aparece como a mais atrasada, indicando apenas 45,59% dos trabalhos a campo concluídos. Assim, a colheita em algumas regiões entra na sua reta final e, com isso, os reportes dos rendimentos nessas áreas apresentam queda.

Deste modo, os levantamentos do Instituto apontaram que a produtividade média semanal em Mato Grosso ficou abaixo das 95 sc/há. Os rendimentos poderão apresentar maiores reduções nos próximos dias, visto que as novas frentes de colheita serão sobre as áreas mais prejudicadas pelo atraso da semeadura.

Se a oferta deve ficar aquém das estimativas, dados do Imea aponto para nova elevação dos custos para a produção do milho de alta tecnologia da safra 2021/22. Em junho o custeio valorizou 2,48% ante a maio, ficando estimado em R$ 2.069,48/ha, impulsionado pelas altas dos insumos como as sementes (2,93%), macronutrientes (3,27%) corretivos (1,28%) e micronutrientes (0,69%).

“Essa valorização está relacionada à demanda, que segue aquecida, devido ao produtor estar finalizando as compras para a safra de soja e intensificando as aquisições para a próxima safra de milho. Além disso, o aumento nos combustíveis gerou um aumento nas operações mecanizadas e, junta a desvalorização de 8,85% no preço médio (negociado a R$ 52,53/sc) do milho em junho, impulsionou o ponto de equilíbrio para safra, que apresentou um aumento de 11,75% no comparativo mensal. Diante deste cenário, o produtor mato-grossense precisa produzir ao menos 57,82 sc/ha para cobrir o seu custeio do milho 2021/22”, apontam os analistas do Imea.