Se confirmada a nova previsão de recorde, Mato Grosso terá avançado na oferta em 9,2% sobre o saldo, até então histórico, de 2017/18, quando foram colhidas 61,71 milhões t. Será o oitavo ano seguido liderando a agricultura nacional.

Os dados revisados de forma positiva são alicerçados pelo desempenho do algodão e do milho, culturas que marcam recordes nessa safra. Nesse levantamento, a oferta de pluma foi acrescida em relação ao mês passado e deve somar mais de 1,78 milhão de toneladas e crescimento anual – sobre o recorde anterior – de 38%.

O milho segunda safra se destaca com projeção de 31,14 milhões t, 18,9% a frente do saldo de 26,20 milhões t contabilizados na safra passada. Em relação ao mês passado, a Conab também aumentou a previsão ao milho mato-grossense, já que em junho foram apontadas 30,97 milhões t, volume que já seria recorde ao Estado.

A produção do Estado com avanço anual de 9,2% supera a projeção de crescimento em 6% para a oferta nacional de grãos e fibras. Considerando o volume do País, em 241,3 milhões t, Mato Grosso reforça sua participação, ao responder sozinho por 27,80% da produção da safra 2018/19.

BRASIL - Os números atualizados da safra 2018/19 de grãos, divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirmam a produção recorde para este ano. O país deverá colher 241,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 6% ou 13,7 milhões de t se comparado à safra anterior. A área plantada está prevista em 63 milhões de hectares, com um aumento de 2% sobre o mesmo período.

A produção do milho primeira safra deve ficar em 26,2 milhões de t, uma redução de 2,1% sobre a safra passada. A colheita encerrou-se na região Centro-Sul e segue ocorrendo nas regiões Norte e Nordeste. Quanto ao milho segunda safra, terá uma produção recorde de 73,1 milhões de t, 35,6% a mais em relação à safra de 2017/18. A colheita foi intensificada e agora estende-se a 84% da área plantada. A soja sofreu uma redução de 3,5% na produção e atingiu 115,1 milhões de t. As regiões Centro-Oeste e Sul representam mais de 78% dessa produção.

O feijão primeira safra, cuja colheita já foi encerrada, teve uma redução de 22,5% na produção e deve chegar a 996,4 mil t. Isso foi causado principalmente pela diminuição de área e produtividade no Paraná, Minas Gerais e Bahia. O de segunda safra, onde a colheita está em fase final, teve um clima favorável que contribuiu para uma produção de 1,3 milhão de t, 7,2% acima da obtida no período anterior. O feijão terceira safra também teve aumento de 20,5% e deve ter uma produção de 739,6 mil t. O plantio foi finalizado em julho.

O país deverá colher também 4 milhões de algodão em caroço e 2,7 milhões de pluma, 34,2% a mais do que na safra anterior. Enquanto o trigo tem produção estimada em 5,4 milhões de t, o arroz deve ficar em 10,4 milhões de t, um recuo de 13,6%. O estudo aponta como causa as reduções de área do cereal ocorridas nos principais estados produtores.

As culturas que tiveram aumento de área, em relação à safra passada, foram o milho segunda safra, com área total de 12,4 milhões de hectares, a soja com 35,9 milhões e algodão com 1,6 milhão de hectares. Em relação às culturas de inverno, para o trigo, estima-se uma área de 1,99 milhão de hectares, 2,6% menor que em 2018. As demais culturas (aveia, canola, centeio, cevada e triticale) apresentam incrementos na área de plantio, passando de 546,5 mil hectares, na safra anterior, para 552,2 mil hectares na safra atual. De acordo com o levantamento, as geadas ocorridas no início de julho, sobretudo no Paraná, demandam maior monitoramento das lavouras.