No ano passado, a previsão não se concretizou. O Brasil teve problemas climáticos na safra, e os Estados Unidos obtiveram uma produção superior ao que esperavam.

Desta vez, o cenário parece mais favorável para o Brasil, mas, assim como ocorreu na safra que se encerra, a liderança brasileira da próxima não está garantida.

O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), diante de tantas dificuldades no plantio, estima que a safra americana será de apenas 104,6 milhões de toneladas na safra 2019/20, após ter atingido 123,7 milhões na atual.

Já o Brasil, após uma safra de 115 milhões neste ano, poderá atingir 123 milhões em 2019/20, segundo o Usda.

Daniele Siqueira, da AgRural, afirma, no entanto, que as previsões atuais são muito precárias.

Apenas em agosto, o órgão americano terá uma visão melhor da produtividade e do volume a ser produzido nos Estados Unidos.

No relatório divulgado nesta quinta-feira (11), o Usda prevê um recuo da área de soja para 32,4 milhões de hectares, 10% menos do que na safra anterior. Já a produtividade deverá cair para apenas 54,4 sacas por hectare, 6% menos do que na safra anterior.

Com as projeções atuais, os estoques de soja dos Estados Unidos recuariam para 21,6 milhões de toneladas no final da safra 2019/20, 24% menos do que na atual.

O cenário não é bom para os Estados Unidos, mas está melhor para a América do Sul. Brasil, Argentina e Paraguai terão boas safras, com o volume dos três países podendo atingir 186 milhões de toneladas.