Os analistas da AgRural, destacam que o ritmo atual segue a frente do que foi registrado há um ano, quando a semeadura alcançava 90% da área, bem como da média de 87% dos últimos cinco anos. “A combinação de chuvas e aberturas de sol tem garantido condições de desenvolvimento próximas das ideais para a safra. No médio norte, há relatos de lavouras em condições ainda melhores que as da safra passada, quando houve recordes de produtividade”.

A área de 35,8 milhões de hectares que deve ser destinada ao cultivo da soja na safra brasileira 2018/19 estava 82% plantada até quinta-feira (15), de acordo com levantamento da AgRural. O número representa avanço de 11 pontos percentuais em uma semana e supera os 73% do ano passado e também os 67% da média de cinco anos, além de garantir a manutenção da atual safra no posto de plantio mais rápido da história.

Apesar do rápido avanço do plantio e do bom desenvolvimento da safra, a redução das precipitações em algumas áreas e as altas temperaturas registradas nesta semana colocaram os produtores em alerta. Embora os mapas de previsão apontem bons volumes de chuva em boa parte do país e temperaturas mais amenas na segunda quinzena de novembro, vale ficar atento ao Paraná. Os mapas sugerem que os acumulados no estado podem ficar abaixo do necessário para garantir umidade adequada às lavouras, especialmente àquelas que desenvolveram raízes pouco profundas devido ao excesso de chuva em outubro.

Com 99% de suas áreas já plantadas, Mato Grosso do Sul e São Paulo tomaram a dianteira entre os estados. A semana de sol forte contribuiu para o rápido avanço das máquinas em Mato Grosso do Sul. O tempo mais seco e quente já causa certa apreensão entre os produtores, mas as chuvas previstas, se confirmadas, devem afastar o temor de perdas.

Em Goiás, 94% da área de soja está plantada, contra 79% um ano atrás. A boa umidade no solo e os dias de sol têm favorecido o desenvolvimento da safra.

ALERTA - No Paraná, o tempo firme desta semana permitiu um rápido avanço no plantio – que chegou a 89%, em linha com os 88% do ano passado – e boa luminosidade para as lavouras. No oeste, as altas temperaturas desta semana causaram algum estresse às lavouras de sistema radicular mais superficial, que tiveram germinação e desenvolvimento inicial em solo muito úmido. As temperaturas mais amenas previstas para a segunda quinzena de novembro tendem a amenizar o problema, mas vale ficar atento às lavouras de todo o Paraná nas próximas duas semanas, já que os volumes de chuva previstos são pequenos.

No Matopiba, as chuvas têm sido melhores do que as sugeridas pelos mapas de previsão. Isso ajuda o plantio a avançar com rapidez e a manter vantagem sobre o ano passado, apesar da distribuição irregular em algumas áreas, especialmente no Piauí. Até quinta-feira (15), 60% da área estava plantada na Bahia, 45% no Tocantins, 43% no Maranhão e 27% no Piauí.