Foram ajustadas as produtividades de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com o rendimento médio para o Brasil ficando em 3,35 toneladas por hectare, nível ainda mais baixo que o alcançado na safra passada, e não houve alterações nos números de área plantada. Caso esse padrão favorável se mantenha, novos aumentos do rendimento, incluindo outros estados, podem ocorrer.

Em relação ao balanço de oferta e demanda, as exportações foram elevadas para 75 milhões de toneladas, diante do contexto de guerra comercial. “Esse ajuste foi possível porque a produção foi aumentada e houve um corte no número de consumo interno, já que as exportações estão muito atrativas. Caso EUA e China cheguem a algum acordo, com o país asiático voltando a comprar soja norte-americana, esse cenário pode mudar”, explica a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi. Os estoques finais foram estimados em 670 mil toneladas.

Para a primeira safra de milho, a INTL FCStone não trouxe mudanças em sua revisão de novembro da estimativa de safra, mantendo a produção em 27,1 milhões de toneladas. Em relação ao ciclo anterior, a área plantada avançou 2,1%, alcançando 5,2 milhões de hectares.

Atualmente, a produtividade média estimada para o Brasil, na safra de verão, está em 5,22 toneladas por hectare, nível abaixo das 5,28 toneladas por hectare do ciclo passado. “Assim como observado para a soja, o plantio do milho ocorre sem maiores intercorrências e a possibilidade de ajustes de produtividade em relatórios futuros também existe”, resumiu Ana Luiza Lodi, em relatório da INTL FCStone.